Sua Esquecida
A janela
Rompe sua
Madeira prensada...
E cacos antigos:
"Mortes e feridas
Se esparramam
Na calçada..."
E todos pisam
E não faz idéia
De que são rastros
De um tempo,
fome recolhida,
Vida desperdiçada...
O tempo não passa inteiro
Não me iludo, passa aos
Pedaços como se não
Soubesse de tudo...
Retorna ao berço
Á casa velha, á mentira
Alheia, à precário cedro
De esteio... reboca
No rio imundo..
Sua parte esquecida
A Primavera do futuro...