Rosalinda
Manhãs ensolaradas
Chuva fina respingada na vidraça
Dias cinza, sem cor, tanto faz...
Nessa vida jaz,
A alma de mulher, encantada
Que como rosa vermelha encarnada
Sonho a sonho, despetalou.
Sol, chuva, brisa leve, tempestade...
Sois as majestades
Quem haverá de lhes impedir?
Nada mais resta,
Já não há forças para florir.
Apenas os espinhos em galhos secos
Que de tão rijos, ferem
Sem chorar, nem rir...