Poema da não razão…

São os poetas que apincham

lá no alto do céu, as estrelas.

Algumas caem, se arrebentam,

cada pedacinho vira vaga-lume.

Tem vez que a noite é tão clara

que apaga estrelas e vaga-lumes.

É que uma lua invejosa atropela

estrelinhas indefesas e franzinas.

As que escapam, tristes choram,

e conversam num idioma estelar:

- “meu Deus, até aqui os vigororos

ainda passam por cima dos fracos!”

E os poetas apinchadores de estrelas,

unidos lançam fortes os seus hálitos

para fragilizar e ofuscar a lua.

As estrelinhas do alto

aplaudem com brilho,

trepidantes,

agradecidas!

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 24/10/2012
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