No palco da natureza tão bela
À procura desse teu
carinho que me toma,
viajei longínquo!...
Afinco no ausente remoto!...
Busquei a paz nos teus caprichos!
Nas iluminuras da tua aurora florida,
esbarrei no alvor ornado!...
Munido de um aclarado reluz,
meu coração bate
conclamado de luz!...
Clamei num silêncio carente
isolado, com o espírito vazio
conclamei! Ao destituído
gritei a esperança rameira!
Deveras a bendita encontrei!...
No berço da madrugada
insone, promulguei solenemente
o teu nome! À espera do teu corpo
fornido, uma vontade
voraz me consome,
no palco da natureza tão bela!...
Vislumbrei a procela do
teu mar infinito!...
(Airton Ventania)