o tamanho do mundo
Nasci do gosto
De pó...da gosma
da terra, do grito
de um verme...
E o céu martelava
Em nossa cabeça,
Com palavras e grãos...
um tambor pálido
vibrando nas árvores
de santa maria...
O dia era guardado
Do jeito da escola.
No olhar da minha
Mãe e do meu pai,
Que não sabia que
Poesia nascia dos
Dias trincados e surdos
E a gente doía
Nas carnes e nos
Couros dos pés...
A mentira temperava
Os assoalho da casa.
E meu pai era mais
Homem que o tamanho
Do poste, que à rua
desaluviava o medo....
E mais do que febre
Mais do que aleijão
Tuberculose, mais
Ainda que ferida
De morte, feita
Por matador, ou
Perdedor era a saudade
Que mais nos matava....
descendo
Pela escadaria
De joelho e na
Avenidas dos
Quartos e das
Cadentes janelas
Que de noite,
Sem pretensão
Desce de estrelas
Na estrada de
Terra que carrega
Os viajantes....
e tudo isso não
me acordava para
o tamanho do mundo...