O poeta
Que leve e pesado fardo
Carrego nas minhas costas
O mundo atrás de respostas
E eu quieto e calado.
Da vida não levo nada
Sou pó, sou feito de terra
Minhas únicas armas pra guerra:
Papel e caneta, mais nada.
Sou simplesmente normal
Gosto das coisas boas
Relacionar-me com pessoas
Nada muito especial.
A vida é um pouco difícil
Para quem tem a vista aguçada
Pois não se deixa escapar nada
Por culpa de seu ofício.
A simples rotina do dia
Até o agricultor na lavra
Tudo vira palavra
Com uma pitada de poesia.
Mal rompe a manhã, desperta
Rodeado por ideias mil
Mas um José no Brasil
Apresento-lhes o poeta.