BREVE

Cito Borges: "E seremos sempre breves para sermos."

Houve uma hora. Seria o lugar da desatenção. Alucinado no assalto da luz filtrada pelos veios materiais do silêncio. Um corpo que sonha pousado na penumbra.

Como a linha na margem,

aquele dia para viver de encontro às sensações sob o halo das lâmpadas. Não sei. Como se as palavras se esgotassem na nebulosa de um céu de cinza. Digo, de um modo similar ao vento, tudo vai diluir-se no lastro das sombras digitais. Seremos um reflexo da noite.

In, Hipóteses Oníricas, 2012