Afiando o nunca
O Poeta melhora o Homem!
A esquerda do coração permanece o vazio, o tempo é só um espectador
As estações são pausas do khrónos que permanece
Circunstancias vidas expectativas eternas nesse vai vem
Viver é transitório transitivo direto e objeto existencial
Vivemos muitos nunca, vários talvez, e o mui temeroso real
Nas teias da sedução de nossas idas e vindas, busca-se felicidades de formas sintética
Clareia-nos o céu de cinzas plantadas, que cinzas desesperança sobrevivem
Vivemos das cores da permissão, ainda que muitas nos permitam alegrias
Laminas das multidões cortam indiferenças seus véus em passarelas do cotidiano
Do pouco que se consegue a vida levar, ainda assim se quer levar da vida
São e salvo em algum de tantos outros lados são criados futuros que são desfeitos
Maurício Rodrigues