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INÉRCIA

Inerte no tempo e no espaço

Às vezes acho que já morri

E em poesia e verso me refaço

Tentando amarrar mais o laço

Que ainda me prende por aqui

E faço algumas rimas pobres

Sem graça, sem vida, sem explicação

Tentando ver se alguém descobre

Que ainda guardo um sentimento nobre

Nas veredas do meu coração.

Mas o relógio cada vez mais veloz

Vai ditando um fim sempre mais perto

Não consigo mais escutar minha voz

Que canta – roucamente - a sós

A melodia de um futuro incerto

E nas linhas da minha existência

Escrevo com destreza o meu grito

Eu, poeta sem nenhuma paciência

Lutando por minha independência

E pelas coisas em que acredito.

Ana Luisa Ricardo
Enviado por Ana Luisa Ricardo em 22/10/2012
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