meia-volta

A cidade está um nó

Dentro das tripas

Entrelaçada no coração

Do estômago...

E meu sangue toca

Um samba de crioulo

Doido na maquinaria

De minha infância...

E Joana ri, Joana

Canta, joga a vida

Como uma sanfona,

“Nessa vida eu só

desaprendi”

diz, com a fala entremeada

sem nome ! Como

se fosse feio

passar fome!

E os vales pulam

Da cantoria do tempo

E caem em suas camas

Engomadas, mas cheia

De vento...

E meu coração é uma orquestra

Desafinada, somente engraçada

Que suspira entre a mentira

E o nada....