Vestido de promessas
Vem
Não tu
Mas eu mesma te tomo pela mão
No salão volteando solidões
Sermões pelas paredes
Sedes no coração
Vem
Nisto não há temor
Amor é assim
Feito tonta borboleta
Não preciso que me prometa o universo
Um verso basta
Para a entrega
Veja o meu vestido
Salpiquei na saia as estrelas
Na blusa a lua se espalha
Desce pela calha do decote
O rio das lágrimas de uma história
Borbulham no bojo do sutiã
Tantas mãos passadas
Tantos beijos
E sorrisos como pássaros em revoada
Cante aquela música do começo
Eu prometo
Serei aquela que se deitou na areia da praia
E permiti que me desmanchasse o céu do vestido
Bordado entre os gomos da saia
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