vestida de cambraia

D

Deixo os cantos frios

E labareda vencida

O gosto de enxofre,

A descarga do estômago

E a mulher desaparecida

De vastidão e gozo

A terra grita e sua

Garganta se esparrama

Numa tumba, numa cripta

É de espera o amor

O mar, a praia azul,

O trio de pedra

E ver bem de perto

Não o sonho, mas a vida

Concreta...

Quanta estrada, quanto

Mato, quanta floresta

Queimada...e a moça

De pés crescidos, vestida

De cambraia ascende e

Me ascende às alturas

Da alma....

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 21/10/2012
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