RUBROS VERSOS
(para um poeta transfigurado)
O sangue dos teus poemas
escorre pelas bordas da folha
e o meu olho ávido
se enche de vermelho.
Assim a língua d' alma
lambe
e, avidamente,
se farta.
Nascem para o mundo, então
teus doloridos poemas
como as crias que
gestadas em intensidade
são trazidas à luz
em transfigurados
partos de dor!
A seiva quente dos teus poemas
percorre meu íntimo ser
e me faz cúmplice dessa loucura
de ser ao mesmo tempo tão humano
e, inexplicavelmente
Divino!
LEMBRANDO A PASSAGEM DO DIA DO POETA
em vinte de outubro