Haveras, deveras...
Haveras, deveras me amar, haveras e deveras de me querer em teus braços, de me amar em silêncio de me sentir o hálito de me perceber na minha realidade, no meu ritmo, nas minhas cadências...
Haveras, deveras de me querer sempre por perto, de me olhar e sempre me ver ao redor, ao teu lado, a te amar...
Haveras e deveras de deixar a chuva cair em seu sentido próprio sem exercer o controle, sem fincar limitações e possessões...
Haveras e deveras de respirar o ar de seus próprios pulmões, a fumaça de própria cigarrete, provar a água de seu próprio copo, o chiclete de sua boca, a fruta de sua salada...
Haveras e deveras de ouvir suas canções, composições e melodias, suas próprias sintonias, suas várias entonações...
Haveras, deveras de tomar-me em teus braços, segurar em minhas mãos e seguir adiante, a frente para um lugar sem fim...
Haveras e deveras de me amar sem sim fim, alimentar minha alma sem fim, minha carência de ti, meu desejo sem fim, minha vida sem começo e nem fim...