Uma pena para escrever
Percorri noites inteiras á procura de uma janela
uma janela com luz acesa, e uma flor saíndo
passei por ruelas, os candieiros ía seguindo
olhava por todos os lados mas os sapatos me caíram
Carros e biciletas rodavam, pessoas íam passando
a lua no alto me dizía nao era esse o caminho
no largo me sentei, falei com passarinhos
e voei atrás deles procurando o abrigo
Olhei para as telhas pretas de uma casa
onde o fumo da chaminé me chamava
algo iluminava uma entrada e calada olhei para o infinito
era o vazio que nao esperava
A voz nao tinha eco, os passos ficaram quietos
em frente á janela esperada
parece tudo já tao vazio, diferente do que imagino
da janela jazia o nada e do nada, nada espero