A minha claridade
Há uma guerra
De quando moço!
Uma guerra surda
Nunca assumida..
vestida de polidez,
quem fala dela
é um leproso...
há uma guerra sem heróis
sem homens bons, sem
boas causas, uma guerra
desnaturada que não tem nome
e nem nada...só o ar poluído
de fingimento e malandragem
uma guerra de quando moço
dessas guardadas, como o
corte na espada, faz parte
de si mesmo, inocência violada
“somos todos bons vizinhos
trato todos com carinho
pois o certo é assim
bem amigo e bonzinho”
é revoada, é solidão
digo leve e com atenção:
“não aguento mais, menina
tanta mentira no coração...”
vai, Cristiano e me encontre
sobre o mar, me diga uma coisa
boa, pro meu amor voltar..
uma promessa de verdade dessas
que sai da carne, pois meu Deus
não tem maldade, tem sim é vontade
de fazer dessa moça, a minha claridade...