Poesias de Oz: O homem de lata.
Aqui, frio e sem pulsos,
Máquina humana,
Criatura metálica
Pulsando esses versos.
Construto fora da série,
Uma falha da engenharia,
O numeral criado ímpar
Maquinando vida em par.
Sentindo um mundo
Onde não se pode sentir.
Criado sem desejos,
Mas desejando.
Bem aqui,
Amante de aço
E de alma.
Eis-me aqui, homem de lata!
Do manual sem pergunta
E vida em única indagação:
Como posso te amar tanto,
Se nem tenho um coração?
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Esse texto faz parte de um conjunto de três escritos que chamei "Poesias de Oz", os outros dois são a respeito do Leão e do Espantalho.