Poesias de Oz: O homem de lata.

Aqui, frio e sem pulsos,

Máquina humana,

Criatura metálica

Pulsando esses versos.

Construto fora da série,

Uma falha da engenharia,

O numeral criado ímpar

Maquinando vida em par.

Sentindo um mundo

Onde não se pode sentir.

Criado sem desejos,

Mas desejando.

Bem aqui,

Amante de aço

E de alma.

Eis-me aqui, homem de lata!

Do manual sem pergunta

E vida em única indagação:

Como posso te amar tanto,

Se nem tenho um coração?

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Esse texto faz parte de um conjunto de três escritos que chamei "Poesias de Oz", os outros dois são a respeito do Leão e do Espantalho.

Wallace Urzais (Wallace Pereira)
Enviado por Wallace Urzais (Wallace Pereira) em 18/10/2012
Reeditado em 18/10/2012
Código do texto: T3940275
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