Alcova da solidão
"Alcova da solidão"
Todos os sentimentos existem dentro de nós
E faz habitat em noss'alma, através
De uma visão, quase interior,
Alimenta os sentidos dos poetas...
O que para outros olhos, passariam despercebidos.
Olhos alheios a tudo...
E principalmente ao próximo.
Nunca ousariam vislumbrar!
Existem "cegos" que pensam que enxergam...
Pobres criaturas neutras, obscuras, quase absurdas
Além de cegas, mudas...
Se trancam em si feito lagarta, mas nunca viram borboleta...
Vivem o preto e branco de suas vidas...
Por isso desilusões e despedidas.
Como se não houvessem matizes nos pores-de-sóis.
Idílio sem lua cheia ou sem lua nenhuma
A noite se faz penumbra. Quase escuridão,
Como se faltasse energia nos poros da pele
Que gritam de solidão...
E querem ficar só, lamentando-se no espelho!
Em vez de conversarem com borboletas...
Entro em teu insano-corpo para sentir o bater do teu peito
Quando sentia-se em abandono na alcova da solidão
Do teu quarto
Cheguei sem pretensão, trazendo-te luz...
Se queres ficar no frio e no escuro
Apago a luz que existe em mim
Se ainda existe chama...
"Quando um não quer, dois não brigam"...
Farei silêncio, obedecendo teus devaneios
Mas meus versos não...
Não posso deixar de ouvir o canto dos pássaros
Quando sou movido por galhos, onde fazem ninho
Não posso deixá-los sozinhos, sou um deles...
Eles voam por mim e me trazem o néctar das flores
E me contam segredos, artimanhas e degredos
E quantas vezes fugiram do estilingue...
Pousam em meu corpo-ninho e adormecem
Fazendo companhia a nua escuridão.
Não se apiedes de mim, eu minto, eu fingo
Nem sei quando estou escrevendo a verdade
E nem sei se verdade existe
Não tenho compromisso com ela e com nada
Com meias verdades, me desavim
Moram nos submundos de mim..nos meus sins...
O resto é o resto..E o que fazer com os restos?
Lixeira é o melhor lugar...
Carro do lixo, e depois lixão: Corvos. Uma multidão!...
Me perco na veracidade de mim mesmo.
E por sentir-me múltiplo
Invento-te feito personagem de Dom Casmurro
Sou Bento e tu Capitu
Es Eu e eu sou Tu.
Queria te mostrar frutos, flores e jardins
E te fazeres navegar...
No mais profundo dos mares dos meus confins.
Tony Bahia
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ïnteração¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Que fundos, mais do que fundas belezas
que fundas, mais do que fundas verdades
tudo fundo e puro e cristalino
tal qual água de incontaminado rio.
Advertência severa
que vai se transformando em puro amor
só feito de aceitações.
Abraço fundo da ZU.
Zuleika dos Reis
............Obrigado, querida ZU!...pela preciosa inspiração................
Beijos azuis e violetas, tony.