reasons
Eu já não sei quantas vezes
tentei reinventar nossa história
assumir culpas
Quebrar essas vidraças
que impedem mais um gesto.
Não sei quantas vezes mais
terei que refazer meus pensamentos
deixar covardemente o tempo
de nós dois se incumbir
nos resgatar, de nos fazer somar
sem outra vez subtrair
nossos caminhos
Os descaminhos das paixões
que nos tomaram
o caminho parece livre
mas há sempre um placa
apontando pro passado
e toda essa bagagem
parece ser pesada demais...
Flertamos novamente
insinuamos nossos corpos
Mas a alma ainda repousa
adormecida em mágoas
que nos seguem
e não conseguimos
torná-las banais...
Nossos gritos colidem
nesses espaços vazios que ficam
em nós dois.
Cristhina Rangel