É da bosta feder...
A cidade ferve dentro
Do prato de feijão,
Na toalha da mesa
No pote feito barro
Cru...e nos besouros
Que dão risada sobre
A bosta na calçada!
Que fede, que fede
Mesmo como bosta!
O sol que tinha vida
Secreta depois das
Seis, entregou-se
A beleza da noite,
Ao bêbado endividado
aos jogos de azar
E se abasteceu de
Angu e vontade...
E aprendeu mentir...
A ser grande no ângulo
Da boca quebrada do
Pote de barro...
E de roda as crianças
Cismam e se batizam
Nos arredores do amor...
As janelas, já velhas
E manchadas de des (cascas)
Regozijam com o cheiro
De vida que sai dos bueiros
Que se abeiram das calçadas
Que também fede bosta
Como toda bosta há de feder...