O que seria de nossas promessas,
esperanças, folhas de outono,
não fossem as flores trazidas agora
pela vontade da primavera?
Ah! Esse nosso desespero,
nunca adivinhar o que vem primeiro
se a vida em setembro
ou a morte num janeiro...
O que seria dessa espera, verões amenos,
não fosse este inverno tão severo,
não fossem essas cores que temos de menos,
se tu não fosses da vida tudo o que espero
e se os nossos sonhos fossem pequenos?
Ah! Esse tempo ave de rapina,
come o olho de meus instantes
e o coração que nunca atina
saber um amor que vem antes...
o que seria de mim sem ti,
sem a dor de doer a tua ausência,
sem a flor de tua presença, que senti,
sem as folhas vivas de tua existência,
sem este olhar deixado quando parti
sem a sabedoria de minha presciência?
Ah! Essa distância que nos separa
nunca vai matar a nossa vontade,
esse amor que nunca morre, repara!
Vive mais quanto maior a saudade...
O que seria de mim e de ti sem isto
que permanece no que sobrevive,
mesmo que as estações mudem,
o tempo acabe e os céus escureçam?
Isso que ainda não tem nome nem flor
Que antes que os desesperados esqueçam
só por ora vamos chamando de amor?
esperanças, folhas de outono,
não fossem as flores trazidas agora
pela vontade da primavera?
Ah! Esse nosso desespero,
nunca adivinhar o que vem primeiro
se a vida em setembro
ou a morte num janeiro...
O que seria dessa espera, verões amenos,
não fosse este inverno tão severo,
não fossem essas cores que temos de menos,
se tu não fosses da vida tudo o que espero
e se os nossos sonhos fossem pequenos?
Ah! Esse tempo ave de rapina,
come o olho de meus instantes
e o coração que nunca atina
saber um amor que vem antes...
o que seria de mim sem ti,
sem a dor de doer a tua ausência,
sem a flor de tua presença, que senti,
sem as folhas vivas de tua existência,
sem este olhar deixado quando parti
sem a sabedoria de minha presciência?
Ah! Essa distância que nos separa
nunca vai matar a nossa vontade,
esse amor que nunca morre, repara!
Vive mais quanto maior a saudade...
O que seria de mim e de ti sem isto
que permanece no que sobrevive,
mesmo que as estações mudem,
o tempo acabe e os céus escureçam?
Isso que ainda não tem nome nem flor
Que antes que os desesperados esqueçam
só por ora vamos chamando de amor?