Crime e castigo

Eu a esperava como a mãe espera o filho

Batia ponto na varanda todo dia

Só depois que a via linda e envolta em brilho

É que pra mim então começava o dia.

Ela era linda, parecia divindade

Que pele branca! Que olhos azuis!

Devia ter uns dezessete anos de idade

Ela era tudo, minha musa, minha luz.

Porém eu era um feito, já maduro

Eu a admirava invisível, calado

Pra mim aquilo era muito duro:

Amar alguém e me sentir culpado.

Que culpa eu tinha? Eu me perguntava

E me encantava seu lindo sorriso

Meu dia todo se iluminava

Aquela moça era meu paraíso...

Eu pensava só, comigo mesmo:

Menina, eu queria estar contigo...

Eu era um trapo caminhando a esmo...

Ficar sem ela era o meu castigo...

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 18/10/2012
Código do texto: T3939243
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