EU GAIA
EU GAIA
de Soaroir Maria de Campos
Na ciência despertei da evolução
que hoje busca no espaço filial.
De Deus sou celestial criação
para os seres vivos um quintal.
Sou azul, já fui fértil e lata,
abandonada, jogada num tipiti,
extraíram minhas riquezas
dos solos onde eu vos acolhi.
Embalada nos lixos da evolução
me sufoco, asfixiada morro.
Ameaça toda essa devastação,
carecer mais de socorro
Com a incúria então me debato;
não abdico, excedo pra me acudir.
Desenraizada pereço, me desato...
em lágrimas onde vou submergir.
Censuram enquanto desenlaço,
retumbam gritos que morro;
eu guincho enquanto desfaleço,
esperando de todos o socorro.
Não basta somente a caneta
ou uma pena coativa.
Protejam a Gaia, o Planeta
impetrante na poesia coletiva.
(sem revisão)
Fev. 25/2/07
http://bruxa-onilda-da-galia.blogspot.com/