Da solidão
Gotas de solidão não escorrem pelos dedos...
penetram veias sorrateiramente,
assomando dores no limite da existência!

Supliciados, os sentidos entregam-se...
Grãos de tristeza ardem as vidraças
e as retinas já não guardam mais as nítidas imagens

A'lma grita! imola-se... sangra nas paredes,
pede ajuda ao coração que se dilacera
entre as pulsações descompassadas
e a contradição em continuar...

Respira-se pouco, o ar não adentra suavemente,
tudo pesa e o pesadelo não passa... não passa...

A alegria esvai-se e a insanidade se deleita!

A súplica é a única que permanece intacta
no horizonte perdido entre os olhos de ilusão


- Morre-se na profundidade da solidão -

 





Denise Matos
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 17/10/2012
Código do texto: T3938405
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