PLACEBO

A mortalha multicor
Ficou presa no galho seco
Numa noite em que gotas de orvalho
Caiam sobre insetos peçonhentos
Oriundos do cadáver nu
Não enterrado no dia anterior
Visto que a pá do coveiro quebrou
E agora ali jazia inerte e meio agreste
No caixão aberto por ladrão de túmulo
Que só levara a veste do defunto
O qual o vento levou para longe
E assim causou um rebuliço
Entre o ladrão, a mortalha do morto e seu espirito.




Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 17/10/2012
Código do texto: T3938302
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