ESCAFANDRO
Haja, que deste mergulho nem me calo
Feito vento na alva aurora, desponta
O velume que se avista de longe
Em cantatas vou ardendo a garganta
Das falas que trago e tenho
Arrisco mais um breve desenho
Por todas as Ilhas que navego
Solitárias palavras que faço e solto
Marejantes nessa veia, escriba
Vistosos carinhos se apercebe
Em bem recebidos braços
Dessas estrelas que se faz dia
Ávidas são as paixões que vão errantes
Pelos pés soltos deste navegante
Vesperais perdidos, breves sinfonias
O coração que rebate tal sintonia
Vou navegando de volta ao meu Jardim
Carrego minha solidão & afins
Na mesa velhos papéis, algo de mim
Lembranças que ficaram, coisas assim.
Deste Sol que me bate, só me vejo ao lado do bom da vida!
Peixão89