o jeito é amar
O jeito é amar
E se tornar tão alto
Como as montanhas
Escuras...e tão vil
Como esse olhar que me recebe...
Embaixo do firmamento
Ser grande como uma formiga
Pequeno como vossa alteza
E perto como a espaço profundo
Abraçar o deserto esquecido
E dizer simples: “eu te amo”,
Não com palavras, mas com
Silêncio e esquecimento...
E não esperar que chova,
Que a vida brote, que as plantas
Fiquei mais verdes, que cores
Afundem em nossos ouvidos...
Amar tão intransitivamente
Quando é intransitiva a eternidade...
Ou a felicidade que pouco me habita...
Receberei o raio que do
Céu me perfura de dor...
E ajoelhado, sem entender
Serei nada alem de vontade...
Aceso como a lenha em brasa,
A jóia de meus olhos não
Esquecerá seu corpo de louça
E poesia...e eu serei coberto
De fogo e desejo...e nunca
Esquecerei a beleza de ouvir
Dos seus lábios a clareza
De ser visto...