O PODER E UMA POESIA

Trecho da continuação de um texto.

Em síntese, normalmente em nosso discurso citamos o poder como uma ferramenta que manipula um povo, haja vista a luta de classes (Ricos e pobres) que já sobrevivera a mais de 300 decênios d.C. Para tal, dizemos sempre um causar a manipulação sobre o outro. Entretanto, não acredito que conheçamos o poder suficientemente a ponto de colocarmos etiquetas à sair por aí cantarolando bulhufas. Ou seja, como estabelecer uma posição estática frente a um movimento complexo e ilimitado? -Na verdade, a função cega de acusador que exercemos me parece mais cultural do que verdadeira, isso porque é muito mais fácil apontar o dedo no bandido do que virar-se para si mesmo à identificar o sangue que corre em nossas mãos redondo e escroto. -Mas afinal! Quem será este poder quando compramos, bebemos, nos privamos, exercemos cidadania, invocamos segurança, Deus, etc? O que diria os Marxistas numa exposição prática e continuativa? Ou quem diria Foucault com sua busca interminável frente a tentar identificar as arte-manhas do poder.

Mesmo ciente do meu erro em poder onde posso estar manifestando uma opinião falsa, mesmo me querendo angariar votos dos assumidos ou regalados frente a uma certeza que nunca terei, mesmo sendo relativo donde o ponto onde quero chegar e transformar, mesmo que tudo que eu venha dizer possa soar como pedante ou despreparado, mesmo no meu sofrimento materno de um desletrado e mais ainda, -um tarado! Mesmo tendo que fazer testes de sanidade dos quais tenho de saber até onde estou sóbrio, mesmo com todos os mesmos se multiplicando em milhares de funções até então cegas para abrigar uma tríade da ilusão, - pretendo aqui, em extensão de voz do dicionário do qual me propus, provocar os Srs., Drs., Professores, colegas e afins a questionar acerca de assuntos que muitas das vezes me afigura como uma do ser natural rosnar para a prisão enquanto alimentarmos estivermos..