DESASSOSSEGADA...
Plena madrugada.
Minha alma, rasgada...
Desassossegada,
abro e fecho a janela...
O céu
negro, pardacento,
nem azul nem cinzento,
é o que vejo através dela!
E eu,
nos meus gestos repetidos,
descontrolados,
tento calar meus sentidos
que sinto desenrolados...
Meu coração, cúpido, inquieto, lateja.
Meu corpo, que escalda feito deserto,
alucina. Sonha com um oásis e o deseja!
Aproxima-se a passos largos a alvorada.
O dia está agora perto, muito mais perto
e minh’alma acalmou. Estará enamorada?...