DESASSOSSEGADA...

Plena madrugada.

Minha alma, rasgada...

Desassossegada,

abro e fecho a janela...

O céu

negro, pardacento,

nem azul nem cinzento,

é o que vejo através dela!

E eu,

nos meus gestos repetidos,

descontrolados,

tento calar meus sentidos

que sinto desenrolados...

Meu coração, cúpido, inquieto, lateja.

Meu corpo, que escalda feito deserto,

alucina. Sonha com um oásis e o deseja!

Aproxima-se a passos largos a alvorada.

O dia está agora perto, muito mais perto

e minh’alma acalmou. Estará enamorada?...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 25/02/2007
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