Colo

Eu guardava o seu seio de colo

Alegre na mesma rua da infância

Seu riso estridente e o sua bronzeada

Pele que te cobria no alto do céu

Nos cobríamos de tempo, de horas

Infinitas e dentro de acorde perfeito

Havia felicidade, havia um segredo,

E seus braços me contornava seguro...

Ai, houve chuva, houve correntes

Palavras foram urdidas fora

Do nosso silêncio, e nossas

Mãos se desperceberam e pegamos

Outros rios, outras rostos...

E agora sozinhos dançamos

Separados, cada com outra

Canção...outra voz nos balança,

E nos tornamos estrada e assadura...

Que arde no campo da memória