Eu, o Tempo e o Silêncio
Um silêncio profundo se faz em mim
quietude de rio na estiagem
um silêncio de estrelas distantes
sinfonia triste de folhas,
sentindo falta do vento.
Apenas o barulho do velho relógio
tão enraizado na parede,
o passar das horas
que já nem sabe contar o tempo.
Eu e o tempo...perdidos,
num silêncio inquietante,
como o bailado das ondas
quem vem e vão
sem nunca chegar á um destino
Eu e o silêncio...
nós nos tocamos e nos entendemos
as palavras já não tem sentido,
já não cabem em nós
Viajantes sem rumo nos braços do tempo
que embala uma espera de nem se sabe o quê.