Da solidão a morte.
Ela me confessou que ficou parada olhando o rio.
Ela ficou pensando sobre as amarguras.
Ela esta sozinha, sob frias estrelas.
O vento a reconforta,
E ela apenas deseja nada.
Nunca disseram como seria seus sonhos?
Nunca te contaram como seriam eles?
Te disseram que nunca viriam sozinhos?
Jogando pedras na água.
Ela se esquece por um momento que chorou
Ela vira o rosto para a rua e alguém a olhou.
O olhar rápido, afiado, e aconchegante.
Alguém a encara, a chama, lhe enfeitiça.
Vê um novo futuro.
Um novo recomeço.
Ela se entrega, esquece a realidade.
Se perde em um momento Sacro.
Se tornam um.
Ele esta nela e ela nele.
Lhe disseram como sonhar?
Lhe disseram que hora era para acordar?
Também nunca falaram sobre a solidão?
Ela vai a um prédio.
Sente o vento, sempre gostou de tal coisa.
Ela vê a rua a baixo, pessoas pequenas.
Todas com suas vidas, ninguém se importa com ela.
Ela pensa em como seria bom voar.
Por um instante tudo deixa de existir.
Ar, terra, medo, solidão,
Apenas um leve sentimento de voar.
Ela caiu, parecia um anjo.
Ninguém soube do seu tormento.
Eu sabia, poderia tela ajudado.
Mas,fiquei ali olhando.
Sem me importar, apenas olhando
Me faço a pergunta.
Será que sou o assassino?