janelas

janelas olham

se visitam pássaros

e recursos : asas e deltas

afluentes de si olhares

coalescem o tecido

tênue e consistente

que chamamos realidade

mas janelas desatam

chuva aurora saudade

doces de luz

leveza e gratidão

em porções generosas

o amargo da tristeza

igualmente necessária

mas janelas esquecem

o peso das horas

a aspereza das vozes

e das imagens recebidas

só devolvem

seda e silêncio

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 14/10/2012
Reeditado em 16/10/2012
Código do texto: T3931678
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