Livre, ao sabor do vento
vou para rua, de cara no vento,
sem arrependimentos, voante.
ouço sua voz suave, meu momento.
a vida segue seu curso, amante.
vejo-o estendido na varanda,
de sol coberto nesta manhã,
sua mão colhe meu seio distraído,
em seus braços esqueço do amanhã.
verdes e azuis tão próximos, um quase
nós dois no Éden, lugar secreto.
aqui a vida para, mergulhada
em cores, que o mundo faz questão
de jogar no lixo!
meu momento: escuto sua voz suave.
voante, a vida segue seu curso,
sem qualquer arrependimento, amante.
de cara, vou para a rua, e te invento.