Irreverência
Para se fazer sexo
Basta beijar na boca
Não é preciso
Tirar a roupa
Se amar é
Ficar calado
Então nunca amei. Meu jeito irreverente
Não me permiti o silêncio certos momentos
Sou forte sou por acaso
Também sou mais um afogado
Talvez me salve... Por acaso...
Do pecado
Dias sim dias não
A dor, o amor o tremor
Estão nos poemas canção
Feitos por mim a mãos
Não gosto de mentir nem fingir que perdoei
Mas empresto meu sentimento
Talvez de amor
Talvez de pavor
Vejo um horizonte com futuro literalmente claro
Seco, raso,doce amargo e
O remédio é dormir
Pro dia nascer feliz
Os pássaros musicam meus caminhos
Então não estou só
Vida curta, porém bons momentos
Nada deixei alem do meu conturbado passado
Morri com um ano a menos que Cristo
No meu passado tem ratos
Medo de não saber mais o que quero
Ou nada mais carinhosamente querer
Nada mais sei do meu saber
A pouco descobri
Que nada vivi
Achando que tudo vivi
O amor é o ridículo da vida
A gente procura a mesma coisa
O tempo todo
E acabamos perdendo o gosto
O amor tem que ter irreverência
Se não for assim paciência
O impossível é ter um certo amor
Mas algo fácil é a gente consegui e não dá valor
É tão bom ter alguém
Por perto para completar
O nosso espaço vazio
Alguém para nos tirar do ardente frio
Nós damos valor ao
Amor pendular
Incerto, inerte e
Momentaneamente forte
O bom da vida é dar valor as poucas coisas
É viver ociosamente com pouca ganância
E
Muitas conquistas
O ruim é viver procurando uma ideologia
E
Morrer tentando encontrar
Isso é extremamente massacrante... Acaba com qualquer esperança.
(Fonte de inspiração, Cazuza)