Irreverência

Para se fazer sexo

Basta beijar na boca

Não é preciso

Tirar a roupa

Se amar é

Ficar calado

Então nunca amei. Meu jeito irreverente

Não me permiti o silêncio certos momentos

Sou forte sou por acaso

Também sou mais um afogado

Talvez me salve... Por acaso...

Do pecado

Dias sim dias não

A dor, o amor o tremor

Estão nos poemas canção

Feitos por mim a mãos

Não gosto de mentir nem fingir que perdoei

Mas empresto meu sentimento

Talvez de amor

Talvez de pavor

Vejo um horizonte com futuro literalmente claro

Seco, raso,doce amargo e

O remédio é dormir

Pro dia nascer feliz

Os pássaros musicam meus caminhos

Então não estou só

Vida curta, porém bons momentos

Nada deixei alem do meu conturbado passado

Morri com um ano a menos que Cristo

No meu passado tem ratos

Medo de não saber mais o que quero

Ou nada mais carinhosamente querer

Nada mais sei do meu saber

A pouco descobri

Que nada vivi

Achando que tudo vivi

O amor é o ridículo da vida

A gente procura a mesma coisa

O tempo todo

E acabamos perdendo o gosto

O amor tem que ter irreverência

Se não for assim paciência

O impossível é ter um certo amor

Mas algo fácil é a gente consegui e não dá valor

É tão bom ter alguém

Por perto para completar

O nosso espaço vazio

Alguém para nos tirar do ardente frio

Nós damos valor ao

Amor pendular

Incerto, inerte e

Momentaneamente forte

O bom da vida é dar valor as poucas coisas

É viver ociosamente com pouca ganância

E

Muitas conquistas

O ruim é viver procurando uma ideologia

E

Morrer tentando encontrar

Isso é extremamente massacrante... Acaba com qualquer esperança.

(Fonte de inspiração, Cazuza)

Maisha Mandisa
Enviado por Maisha Mandisa em 13/10/2012
Código do texto: T3930958
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