Devaneios madrugueiros

Ainda arrumei tempo para isto,

tal coisa que há tanto me afetava,

mas que estava ausente,

venço o sono e a preguiça

para dar formas que nem sei mais,

sinto falta de, nem mais de,

onde foi parar o amor que seduziu

sumiu.

Pelo fim da madrugada

penso em tudo, em todas,

arrependimento, matou, mata,

se em outros braços ela dorme,

eu sem braços dormirei,

sem carícias, sem aquelas sentimentalidades,

só.

No meio de tantos versos,

escuto a música que me lembra,

ja perdi a noção do tempo,

na cabeça é tudo meio atual, antigo,

confusões se confundem ao meio,

convicções se partem por inteiro,

lentamente.

Amanhã o que será talvez?

Se nem as certezas de mim sabem,

se as dúvidas ocupam em moradia,

para colocar um ponto final, desisti,

o amor finda-se por si próprio

em um gesto de compaixão suprema,

em amor...