Ordenaram-me
O sol me encanta quando a lua me ilude
nas diurnas noites dos meus sonhos inusitados,
quando minhas tristes alegrias dormem
e meu pastoreio álmico se acorda.
Na carnalidade dos meus poemas,
não poso ser de tudo um vegetariano.
Resolvo então cantar-me na canção do outro,
acordo para chorar meu sono,
durmo de novo,
enquanto sóis, luas e sonhos
trazem para mim, de suas entranhas,
o mel agridoce de certos verbos tiranos...
e então digo de mim para mais dentro de mim ainda: acorda, vai, Ordenaram-te!