Silêncio nas estrelas

Silêncio nas estrelas

Poesias são silêncios que urram

Muito além do horizonte dos jardins

E desperta o colibri que existe em mim

Procurando a flor preferida...

Para sugar o mel do sumo das flores...

Almas são voadoras e telescópio

Para enxergar o Eu, dos meus Eus

Mais profundos...

Quiçá o mundo.

É gazela, unicórnio

Dama da noite

Tristão e Isolda

Cristão

Ateu.

Versos são carinhos e açoites...

Encontro e despedida

Morte e vida...

Poesias são amantes nas dores dos versos

Romeus e Julietas

E encontram nas palavras seus delírios e devaneios

Barco à deriva no mar das solidões

E são tantas palavras querendo subir ao pódio

Feito espermatozoides no ato da fecundação!

Silêncio nas estrelas d'alma

Por um momento fecundo de palavras em sentimentos.

A lua cheia está prenha

E quando míngua. De resguardo

E seus filhotes sugam tetas de estrelas

Por isso brilham...

E o véu da noite se põe

Em escuridão, para que os rebentos, adormeçam.

Tony Bahia

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 12/10/2012
Reeditado em 12/10/2012
Código do texto: T3928257
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