Silêncio nas estrelas
Silêncio nas estrelas
Poesias são silêncios que urram
Muito além do horizonte dos jardins
E desperta o colibri que existe em mim
Procurando a flor preferida...
Para sugar o mel do sumo das flores...
Almas são voadoras e telescópio
Para enxergar o Eu, dos meus Eus
Mais profundos...
Quiçá o mundo.
É gazela, unicórnio
Dama da noite
Tristão e Isolda
Cristão
Ateu.
Versos são carinhos e açoites...
Encontro e despedida
Morte e vida...
Poesias são amantes nas dores dos versos
Romeus e Julietas
E encontram nas palavras seus delírios e devaneios
Barco à deriva no mar das solidões
E são tantas palavras querendo subir ao pódio
Feito espermatozoides no ato da fecundação!
Silêncio nas estrelas d'alma
Por um momento fecundo de palavras em sentimentos.
A lua cheia está prenha
E quando míngua. De resguardo
E seus filhotes sugam tetas de estrelas
Por isso brilham...
E o véu da noite se põe
Em escuridão, para que os rebentos, adormeçam.
Tony Bahia