No poder covardes armados...
Ana Maria Brasiliense


Num revoar assustados
somos como andorinhas,
debatendo asas perdidas...
Sobre mausoléu mais um caixão descendo.
Lágrimas como rio corrente ao mar 
vem lavar a dor.
Na incerteza do verão,
sentimos o frio do inverno 
na solidão do descaso...
Não é por acaso
que ficamos sem direitos na agonia perdidos, 
nas mãos armadas de quem detem 
o poder covardemente. 
Sangue escoa nos bueros da vida,
Não há mais verão nem mesmo primavera.
Apenas inverno no inferno 
que nos deixaram à vida
E nessa lágrima sentida
vejo em corda retorcida
mais um caixão descendo a úmida terra
um inocente ja sem vida



stos 16/05/006
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