FÊNIX
O mito vivo em mim se rebelou.
As dores vieram e,deixaram cicatrizes.
As lágrimas que correram em minha face,
deixaram matizes.
Senti a destruição se aproximar,
o gosto amargo do fel,
secar meus lábios.
A escuridão atingiu meus olhos,
e fiquei cego
por tantos medos e carências acumulados.
Olhei meus atos
e os vi tornarem-se erros.
Vislumbrei meu corpo,
e o vi se tornar cinzas.
A Fênis adormecida em mim,acordou.
E velha se queimou em prantos.
E velha se tornou pó.
Renasceu,majestosa e imponente.
E me provou na luz da manhã,
sob os raios de Sol,
que viva ainda estou.
E que todas as vezes em que eu cair,
quando a tempestade passar,
lá estarei eu e,
já não terei medo de continuar.