AS TREVAS DA GUERRA

AS TREVAS DA GUERRA

Perde-se o encanto do zelo pela vida

Extravasa-se o uso do ódio... E gargalha

Lamenta-se a ausência da saudade

Cai-se no manto do esquecimento

É forte a ação da tristeza

Os bosques volvem-se sepulcros

A guerra torna-se a musa da existência

Fantasia e realidade: ambas ferem

Fazem-se profundas as trevas

Contrai-se o peito em longos suspiros

Não tem como fugir da desdita

Consome-se em agonia a alma

É certa a queda no indefinido vazio

Não se escreve o nome das coisas

De nada resolvem os comentários

Acaba-se por aceitar a morte

(maio/1989)

P. S. Escrita em função de tantas guerras travadas por nada, na época.

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 10/10/2012
Código do texto: T3925752
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