O RIO DE MINH'ALMA
Sou como um rio:
Às vezes sou água corrente,
Corre limpa e cristalina, feliz, contente!
Às vezes sou perigosa cachoeira,
Cuja brutal queda d’água leva tudo para fundo poço,
Qual meu mau humor: faz-me sentir em fundo poço!
Às vezes sou silencioso e profundo poço de água parada,
Nele há riqueza de peixes, para a felicidade do pescador,
Como os momentos de silêncio profundo de minh’alma,
Quando a riqueza de meus pensamentos produz belos poemas
E os mais importantes projetos para minha vida!
À vezes sou poço de lodacenta água parada,
Que afasta para longe os alegres banhistas,
Mas que em sua solidão produz lindas flores,
Como minh’alma que prefere a solidão
Para pensar a vida e produzir belos poemas reflexivos!
Às vezes sou alegre corredeira de águas cristalinas,
Onde os banhistas e grupos de piquenique escolhem para brincar felizes,
Como minh’alma quando está sorridente e feliz,
Facilitando a aproximação e a convivência com as pessoas!
Mas, se as águas do rio, após percorrer seu leito, fundem-se ao oceano,
Perdendo sua individualidade, tornando-se o próprio oceano,
Eu, após percorrer meu caminho na Terra, com minha individualidade
Preservada, vou para “outra morada na Casa de meu Pai”.