POBRE RICO

Teus cabelos argenteados me dizem

Quão sabedoria colecionas

Já as tuas feições, eu sinto, desdizem

Enquanto falas, te emocionas

Um passado rico, afortunado

Muitas viagens pelo mundo à fora

Mas, na verdade não se sentiu amado

Talvez por isso é que tanto te ignoras

Vives a remoer teu passado assim

Entregue à tristeza, sem amizades

Apenas sobrevives, dia a dia

Então, escreva num livro, enfim

Sobre o bem, sobre as atrocidades

Por você vivido, dia após dia

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 10/10/2012
Reeditado em 10/10/2012
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