GUERREIRO SEM HAIKAI
Oh, Sol! Por que não vieste hoje?
Acaso rejeitas a face do anjo de pedra?
Emoldurada pelas flores,
aguardou tua chegada
para compor os haikais,
já que a vida lhe compeliu ao “sepuku”
mas lhe negou os rituais.
Não foi samurai,
simplesmente anjo guerreiro
sem escudo e sem espada.
Anjo de poemas longos e encharcados
com o peso das lágrimas não derramadas,
que escorrem agora em cada pétala
de sua moldura de flores.
Oh, sol! Não te negues,
beija a face do anjo,
componha por ele seu haikai.