solidão

a solidão de um homem

não é a solidão que ele vive

silencio em volta dos lábios

palavras caindo da boca

pelos de barba que descem pelo ralo

a solidão de um homem

não é o tempo

que o relógio devolve

não é a chuva nem a nuvem

a solidão de um homem

é azul e não incomoda

a claridade arranhando a face

a solidão de um homem

é a ternura áspera

do seu próprio toque

uma parede uma parábola

e todas as linguagens

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 09/10/2012
Código do texto: T3923249
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