DO QUE NÃO QUERO
Não quero mais este medo,
os céus, as eternidades inúteis,
se aqui sou refém do degredo,
cativo entre verdades fúteis.
Não quero mais o degredo
que afastou de ti meu coração
e construiu tal triste enredo
de um homem só, sem perdão.
Não, não serei eu do mesmo jeito
outra vez. Serei antes o desconcerto,
a surpresa do possível e ser refeito
num protesto, numa coragem, num acerto.
Haverá, por certo, em mim, um outro mundo,
feito de vontades e uma sobra de estrela da manhã
a ficar. Um resistência, um fazer profundo,
um gesto, um toque, uma frase que não seja vã.
Sem o medo, serei capaz
de amar, como da primeira vez,
num ingênuo estado de paz,
sem amarras, sem porquê nem talvez.
Não quero mais este medo,
os céus, as eternidades inúteis,
se aqui sou refém do degredo,
cativo entre verdades fúteis.
Não quero mais o degredo
que afastou de ti meu coração
e construiu tal triste enredo
de um homem só, sem perdão.
Não, não serei eu do mesmo jeito
outra vez. Serei antes o desconcerto,
a surpresa do possível e ser refeito
num protesto, numa coragem, num acerto.
Haverá, por certo, em mim, um outro mundo,
feito de vontades e uma sobra de estrela da manhã
a ficar. Um resistência, um fazer profundo,
um gesto, um toque, uma frase que não seja vã.
Sem o medo, serei capaz
de amar, como da primeira vez,
num ingênuo estado de paz,
sem amarras, sem porquê nem talvez.