CÂNTAROS DO AMOR
Ao bramir-me sobre a montanha
seu nome é manifestante
quão assim desejador
entre vales e brisas esvoaçantes
meus gritos me levem a ela
à minha sublime divina bela.
Que o meu lamuriar
que não seja um queixume
apenas faça acender o lume
deste seu coração blindado e seco
teimoso como uma caatinga
que desencorajadamente não me assume.
Que o meu cantar não a desencante
que sejamos eternos amantes
sonoramente me aconchegue com fervor
na sua pele com tanto ardor
deste vibrante poeta cantante
que em desencanto brada por amor.
Desamparado com quanto o seja
desafinado em sua lira
em cântaro à sua janela
desdobra em rosas vermelhas
deste miserável poeta que a deseja.