Sou o Planeta Terra pedindo socorro.


Planeta Terra.
Que abriga, abraça, aconchega
todos os homens a natureza lhe
pede socorro.
 
Como posso abrigá-lo e trazer-lhes o descanso natural
entre ás árvores; como posso trazer o alimento; como
os pássaros farão seus ninhos e sustentar-se dos mais
doces frutos entre os belos arbustos; como posso
trazer-lhes a beleza.
 
A água lhe pede socorro.
Como saciar a sede do animal indefeso,
do pássaro que canta a cada amanhã;
como posso saciar sua sede, se me mata cada dia?
 
Eu era forte, hoje estou enfraquecida, doente.
Fui eu encantamento, hoje sou um problema.
 
O que fizeram de mim?
Hoje somente sou lágrimas.
 
Derrubam minhas árvores; queimam minhas matas;
contaminam meus seus rios; enfurecem o meu mar;
escurecem o meu céu.
 
Eu planeta Terra te peço socorro, pois a natureza
embravecida chama o vento que em fúria forma
furacões, pede ao mar que se revolte e contra
ataque, pede chuvas torrenciais, chama o sol
para queimar as minhas terras e tudo isso, só
para mostrar a vocês Homens o quanto que sofro.
 
Houve um tempo que eu me
sentia mais respeitado.

Sinto-me esmorecendo a cada dia,
como se arrancasse minha alma.

Se ainda sobrevivo é porque  ainda
encontro forças no brilho nas estrelas.
 
Quero acreditar nos bons habitantes
do meu planeta, quero acreditar que
haja esperança.
 
Sou o Planeta Terra pedindo socorro.
Não quero ser considerado um verme
enfermo, sujo, e nem tão pouco triste
poeira como a imagem Verônica de Cristo.


24/2/2007