Estranha seta

Não se sabe que dor é esta

Que chaga aberta

Não se sabe que revolta existe

Dessa que tanto insiste

E transforma o mundano em asceta

Pois se vê que em seu peito uma estranha seta

Rodopia e halos vai formando

Tal um cometa

Não se sabe que consumição o trai

Que instala em sua alma uma pagã festa

Não se sabe que tamanha dor é esta

Que na fronte queima

Faz da existência algo que não presta

Uma espécie de castigo

Um iminente perigo

E o corpo inteiro desembesta

Não se sabe