A FLOR E A COR

Um azul que jaz

num grande querer

a mais não poder

de ser branco em paz.

Reflete então

quão é refletir,

piorra de lumes

espectro de cores

em roda a fluir .

No ar dos perfumes

profusão de flores

Ou cores de dores

no negro das guerras.

O negro é só nada

da vida enganada.

Ferida a terra

junto às cores feias

do sujo das águas

erosão de veias

lavrado da ética

amor , que de mágoa

desveste a estética.

Solo de jasmim

na lira do ventre

terra engalanada

o chão oferece

ao verde, que entre,

em broto abusado

barriga de frutos.

Filhos de outra lógica

na conta dos justos,

rosário sem custos

crias ecológicas

embriões de sins

em polens ousados

sêmens de jardins